Vinho de palma é uma bebida alcoólica produzida a partir da seiva de várias espécies de palmeiras, como a Raffia.

O vinho é conhecido por diversos nomes, como matango, mbuh, licor de tumbu ou ‘coisa branca’ (white stuff) em Camarões. É encontrado em diversas partes da Ásia, África, Caribe e América do Sul.

A produção de vinho de palma por pequenos produtores pode promover a preservação das palmeiras, se tornar uma fonte de renda regular, cujo valor econômico pode superar o da venda da madeira.

•  A seiva é extraída da flor de corte da palmeira.
• Um recipiente é preso à cepa da árvore, para coletar a seiva.
• O líquido branco, inicialmente coletado, costuma ser muito doce e não alcoólico
• Duas horas de fermentação resultam em um vinho aromático, com até 4% de álcool, moderadamente intoxicante e doce.
  O vinho pode ser fermentado por mais tempo, até um dia, para a obtenção de um gosto mais forte, azedo ou acídico, preferido por algumas pessoas.

O vinho de palma desempenha um papel importante em diversas cerimônias na região de Nso. Quantidades generosas são servidas aos convidados em casamentos, nascimentos e velórios ou funerais. Com frequência, o vinho é usado como base em infusões de ervas medicinais para curar uma grande variedade de problemas físicos. Como sinal de respeito para com os ancestrais, muitos ritos tradicionais começam com o derramamento de pequenas quantidades de vinho de palma no solo.

O vinho de palma é apreciado por homens e mulheres, apesar de que mulheres normalmente bebem menos vinho em ambientes públicos. Um homem jovem que vai para a primeira apresentação a seus sogros deve levar vinho de palma ao encontro. Casamentos tradicionais são contraídos com vinho de palma, de acordo com o costume de várias tribos em partes do Camarões.

Essa cultura é semelhante a de cidades e vilas da vizinha Nigéria (na região Igbo).

Traduzido ao Português no âmbito da iniciativa PerMondo (traduções gratuitas das páginas web e documentos para associações sem fins lucrativos). Projeto dirigido por Mondo Agit. Tradutor: Camila Madeira Campos e Nelson Mabau.